Caio Leta é PhD em pedras e isótopos; head of Research – Disrux / Arthur Mining; co-founder Anti Research; escreveu um livro sobre bitcoin, além de ser blogger e podcaster. Leta continua na sua incessante busca de tentar ser um bom macaco.
Eu contei essa história em detalhes no EP. 01 do podcast 21 milhões, do João Grilo e no EP. X do Fomo Plebcast, do Lawrence. Basicamente, eu ouvi falar do bitcoin várias vezes antes de prestar atenção e me envolver de verdade. Ouvi falar e ignorei em 2012, 2015 e 2017. Prestei atenção em 2020, graças a um podcast do Raoul Pal sobre mudanças geracionais com o autor do livro “The Fourth Turning”. O podcast seguinte que o YouTube me recomendou foi Raoul Pal com Michael Saylor e o resto é história.
O bitcoin obriga as pessoas a assumirem a responsabilidade de suas ações. Não existe terceirização. Ou seja, o bitcoin faz as pessoas desenvolverem mais responsabilidade individual, que é uma das coisas que mais falta no mundo atualmente.
Bitcoin é um dinheiro justo. Mamíferos sociais foram selecionados para reconhecer e valorizar a justiça como um valor muito importante e o bitcoin é a única forma de dinheiro justo que existe.
O bitcoin me potencializou. Eu era desengajado e parcialmente niilista, ele me deu um senso de propósito e a vontade de construir algo, de participar de um projeto de longo prazo que é maior do que eu mesmo ou o meu tempo de vida. Eu sempre tive um sentimento anti-sistema, mas desorganizado e sem compreender como atuar a partir disso. Sempre quis mudar o mundo e não sabia como, em outras palavras. Os valores de descentralização, prova de trabalho e senso crítico (não confie, verifique) são sem dúvida os que mais me atraíram inicialmente.
Hal Finney, Saifadean Ammous, Alex Gladstein, Michael Saylor, Der Gigi, Allen Farington, Carol e Kaka da Área Bitcoin.
Hal Finney.
“Bitcoin is a swarm of cyber hornets serving the goddess of wisdom, feeding on the fire of truth, exponentially growing ever smarter, faster, and stronger behind a wall of encrypted energy”.
A hiperbitcoinização é inevitável, é só matemática. Uma pura questão de tempo. Quanto? Não sei. 10-20 anos talvez. A natureza humana, que confia e não verifica e que terceiriza responsabilidade, é o maior obstáculo para a ampla adoção.
Eu tenho muito mais satoshis que foram minerados nos últimos 100 anos kkkk.
O limite é a finitude. Vou até onde conseguir.
Sim e sim. Se qualquer pessoa do mundo me pedir para falar de bitcoin, eu falo. Seja um shitcoinheiro, seja um faria limer, seja alguém do FED.
Relevante para quem? Para o bitcoin, é 100% irrelevante. Para os participantes, é bem relevante. Todo mamífero social tem vontade de pertencer a um bando/tribo, e esses movimentos são uma expressão desse desejo. Nós, bitcoinheiros, nos sentimos carentes de interações sociais com pessoas que nos entendam e esses movimentos ajudam bastante nesse aspecto.
Acho esse tipo de pensamento bobo para falar a verdade. Qual seria a alternativa? O suicídio? Porque no fundo, temos 2 opções: se matar ou participar desse mundo enquanto ele passa pela transição até se tornar bitcoinizado.
Não daria a ninguém. Bitcoin requer prova de trabalho, e isso é uma feature, não um bug.
Podcasts e livros. Hoje em dia tem MUITO conteúdo bom, só não se educa quem não quer. E daí não merece mesmo.
The Price of Tomorrow do Jeff Booth.
Sovereign Individual do William Ress-Mogg e James Dale Davidson.
Bitcoin Beach em El Zonte, El Salvador. Eles que mostraram o caminho.
Não.
Neutro. Tem muitos aspectos positivos e muitos aspectos ambíguos e negativos. Por hora o Bukele está sendo fantástico, mas tenho receio sobre o futuro. Ele pode estar só dando o maior rug pull da história com todos aplaudindo. Como é feita a custódia dos BTCs de El Salvador? A Chivo possui backdoors?
Quando eu li “O Padrão Bitcoin” e entendi o papel que uma moeda forte tem nas civilizações.
Não conheço algum bitcoinheiro que virou a casaca para falar a verdade. Na minha visão, se tornar bitcoinheiro é um caminho sem volta, nunca vi mesmo ninguém que entendeu mudar de opinião. Não existe “desver” uma verdade. Sobre as shitcoins, eu tenho pena, não ódio. Sobre os detratores, só o fato deles não estarem acumulando sats já me deixa bem tranquilo para falar a verdade. “Você pode negar a realidade, mas você não pode negar as consequências da realidade”.