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21 Questões com Caio Leta

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Redes Sociais

Intro:

Caio Leta é PhD em pedras e isótopos; head of Research – Disrux / Arthur Mining; co-founder Anti Research; escreveu um livro sobre bitcoin, além de ser blogger e podcaster. Leta continua na sua incessante busca de tentar ser um bom macaco.

1. Quando e como você conheceu o Bitcoin?

Eu contei essa história em detalhes no EP. 01 do podcast 21 milhões, do João Grilo e no EP. X do Fomo Plebcast, do Lawrence. Basicamente, eu ouvi falar do bitcoin várias vezes antes de prestar atenção e me envolver de verdade. Ouvi falar e ignorei em 2012, 2015 e 2017. Prestei atenção em 2020, graças a um podcast do Raoul Pal sobre mudanças geracionais com o autor do livro “The Fourth Turning”. O podcast seguinte que o YouTube me recomendou foi Raoul Pal com Michael Saylor e o resto é história.

2. Qual é a função mais importante do Bitcoin?

O bitcoin obriga as pessoas a assumirem a responsabilidade de suas ações. Não existe terceirização. Ou seja, o bitcoin faz as pessoas desenvolverem mais responsabilidade individual, que é uma das coisas que mais falta no mundo atualmente.

3. E Por que Bitcoin? De verdade, sem termos técnicos.

Bitcoin é um dinheiro justo. Mamíferos sociais foram selecionados para reconhecer e valorizar a justiça como um valor muito importante e o bitcoin é a única forma de dinheiro justo que existe.

4. De que forma o Bitcoin mudou você? Quais os valores que te levaram à toca do coelho?

O bitcoin me potencializou. Eu era desengajado e parcialmente niilista, ele me deu um senso de propósito e a vontade de construir algo, de participar de um projeto de longo prazo que é maior do que eu mesmo ou o meu tempo de vida. Eu sempre tive um sentimento anti-sistema, mas desorganizado e sem compreender como atuar a partir disso. Sempre quis mudar o mundo e não sabia como, em outras palavras. Os valores de descentralização, prova de trabalho e senso crítico (não confie, verifique) são sem dúvida os que mais me atraíram inicialmente.

5. Quais são os Bitcoinheiros que você mais admira?

Hal Finney, Saifadean Ammous, Alex Gladstein, Michael Saylor, Der Gigi, Allen Farington, Carol e Kaka da Área Bitcoin.

6. Quem é Satoshi Nakamoto?

Hal Finney.

7. Qual a frase sobre o Bitcoin que você mais curte?

“Bitcoin is a swarm of cyber hornets serving the goddess of wisdom, feeding on the fire of truth, exponentially growing ever smarter, faster, and stronger behind a wall of encrypted energy”.

8. Quais são os maiores obstáculos para a ampla adoção do Bitcoin? A hiperbitcoinização é inevitável?

A hiperbitcoinização é inevitável, é só matemática. Uma pura questão de tempo. Quanto? Não sei. 10-20 anos talvez. A natureza humana, que confia e não verifica e que terceiriza responsabilidade, é o maior obstáculo para a ampla adoção.

9. Em 2140 é esperado que o último satoshi seja minerado, qual mensagem você deixaria para esse evento futuro?

Eu tenho muito mais satoshis que foram minerados nos últimos 100 anos kkkk.

10. Até onde você iria nessa jornada do Bitcoin, onde seria o seu limite?

O limite é a finitude. Vou até onde conseguir.

11. Você se considera um evangelizador do Bitcoin? Se sim, consideraria ser um cavalo de tróia pra espalhar a palavra?

Sim e sim. Se qualquer pessoa do mundo me pedir para falar de bitcoin, eu falo. Seja um shitcoinheiro, seja um faria limer, seja alguém do FED.

12. Qual a relevância dos movimentos adjacentes do Bitcoin? (Ex: Maximalismo, Dieta carnívora, Jesus Cristo, Conservadorismo, Armas, Red Pill, Imperativo moral e afins.)

Relevante para quem? Para o bitcoin, é 100% irrelevante. Para os participantes, é bem relevante. Todo mamífero social tem vontade de pertencer a um bando/tribo, e esses movimentos são uma expressão desse desejo. Nós, bitcoinheiros, nos sentimos carentes de interações sociais com pessoas que nos entendam e esses movimentos ajudam bastante nesse aspecto.

13. Como TANKAR o mundo FIAT após entender o Bitcoin?

Acho esse tipo de pensamento bobo para falar a verdade. Qual seria a alternativa? O suicídio? Porque no fundo, temos 2 opções: se matar ou participar desse mundo enquanto ele passa pela transição até se tornar bitcoinizado.

14. A quem você daria a Pílula Laranja?

Não daria a ninguém. Bitcoin requer prova de trabalho, e isso é uma feature, não um bug.

15. Quais são os meios mais práticos para se educar sobre Bitcoin?

Podcasts e livros. Hoje em dia tem MUITO conteúdo bom, só não se educa quem não quer. E daí não merece mesmo.

16. Cite pelo menos 1 livro que te influenciou sobre Bitcoin? E indique mais 1.

The Price of Tomorrow do Jeff Booth.
Sovereign Individual do William Ress-Mogg e James Dale Davidson.

17. Qual o projeto social mais interessante que você conhece sobre Bitcoin?

Bitcoin Beach em El Zonte, El Salvador. Eles que mostraram o caminho.

18. Você investiria no Legacy (Renda Fixa ou Variável) ou shitcoins, para posteriormente acumular mais Bitcoin?

Não.

19. Sobre El Salvador, você é Bullish ou Bearish? Por que?

Neutro. Tem muitos aspectos positivos e muitos aspectos ambíguos e negativos. Por hora o Bukele está sendo fantástico, mas tenho receio sobre o futuro. Ele pode estar só dando o maior rug pull da história com todos aplaudindo. Como é feita a custódia dos BTCs de El Salvador? A Chivo possui backdoors?

20. Quando você teve 100% de certeza que o Bitcoin seria algo que mudaria a história da humanidade?

Quando eu li “O Padrão Bitcoin” e entendi o papel que uma moeda forte tem nas civilizações.

21. Qual sua opinião sobre os Bitcoinheiros que viraram a casaca para o mundo Cripto? Qual a shitcoin que você mais odeia? Qual o detrator do Bitcoin que você gostaria de mandar tomar ”naquele lugar”?

Não conheço algum bitcoinheiro que virou a casaca para falar a verdade. Na minha visão, se tornar bitcoinheiro é um caminho sem volta, nunca vi mesmo ninguém que entendeu mudar de opinião. Não existe “desver” uma verdade. Sobre as shitcoins, eu tenho pena, não ódio. Sobre os detratores, só o fato deles não estarem acumulando sats já me deixa bem tranquilo para falar a verdade. “Você pode negar a realidade, mas você não pode negar as consequências da realidade”.